terça-feira, 12 de maio de 2009

Da relação homem e natureza

A geografia ao propor um tipo de dualismo homem e natureza pode ter levando a algum tipo de determinismo, como critica Hatshorne,ou seja o homem separado da natureza, mas deve-se dizer que há alguma virtude dessa colocação a de justamente tratar a natureza como parte da historia humana. Mesmo dual ao menos faz parte das considerações desenvolvimentistas da civilização pós-industrial.

Excepcionalidade e regularidade


Na historia do pensamento geográfico são identificadas duas posições-padrões quanto aquilo que deveria ser a melhor maneira de se elaborar conhecimento geográfico, de um lado a maneira nomotética e do outro a idiográfica: começando com está segunda, podemos elaborar assim sua compreensão inicial: deve a geografia se preocupar como defendia de um certo modo Richard Hartshore, com alguns aspectos (humanos ou físicos) que estão sempre presentes ou se relacionado, portanto se sobressaem ante a experiência da percepção dessa da paisagem. Ou pela segunda maneira que pareceu defender Fred K. Schaefer nos anos 50 que a geografia deve como toda ciência procurar leis em seu caso, com propriedades espaciais que favoreçam a elaboração de modelos ou leis.

Penso que o caminho encarado por Hartshore e de alguma forma trilhado por muitos geógrafos ainda hoje representa uma nobre empreitada, as descrições no sentido de captar excepcionalidade, comparações ou generalizações são ainda instrumentos que fazem parte da racionalidade numa forma de que falar de algo não é sempre dizer se x ou y é verdadeiro ou regular, mas também se x ou y  são belos, feios, sujos, bons, satisfatórios, insatisfatórios, grandes, complexos, etc. Contudo, não penso que a geografia deva esquecer da outra empreitada tão nobre quanto aquela que é estudar, analisar e arriscar leis ou modelos espaciais, não penso que sejam excludentes, até penso que possam ser complementares de alguma maneira. Mas creio que atualmente o homem sente falta de descrições do mundo pela qual está inserido, as especializações e a procura por leis e regularidades é louvável e sabemos o quanto nos traz benefícios, mas busco do sentido e excepcionalidade é no "DNA" da geografia.