domingo, 16 de dezembro de 2012

Musica e Geografia


Musicas e geografia isso é possível, musicas cujas letras nos faz pensar em lugares e com suas descrições, também como a geografia é sentida por aqueles que vivem nesses lugares. 

Mas e quando as musicas não tem letras mas visam mencionar geografias, como aquelas tão bem compostas e apresentadas pelo musico de rock progressivo e neoclássico Vangelis. Ele dedica uma obra inteira a Antártida. Realmente é interessante e ao mesmo tempo indagativo, pois como um artista pode converter uma geografia em musica? Como uma materialidade e um anecúmeno tão vasto e grandioso como a Antártida pode ser experimentada a ponto de converter-se musicalmente em algo tão etéreo e volátil como naquela obra. 

O musico provavelmente deve pesquisar a geografia, ter vívido nela, ter ser inspirado em sua beleza ou uma condição especial dessa geografia acabe por suscitar um sentimento ou uma intelecção, nesse caso, pode ser que a Antártida para Vangelis suscite uma condição enigmática, aquele ar de mistério e solicitude. E dessa subjetividade tão pessoal e pelo trabalho suas musicas alcancem em outras pessoas ou ouvintes uma semelhante experiência, de viajar na música e ao mesmo tempo viajar numa geografia. Quer dizer, pela música ser transportado para uma geografia.  

Sei que é preciso pensar mais sobre essa relação entre estas duas dimensões que se encontram, a pista  ao meu ver, continua sendo aqui, a geograficidade.